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Coincidências são para toda a vida

Até agora estou impressionado. Hoje, 23 de abril, sexta-feira. Olho no meu celular e vejo que minha sobrinha, Carolina, nova empreendedora de um velho negócio comandado durante anos por minha mãe, tentou falar comigo. Resolvo ligar para ela. E brinco, de uma forma como jamais fizera antes, ao primeiro alô dela: "não adianta pedir dinheiro". Falo com tom duro, incisivo. Do outro lado, depois do alô e da minha fala, o silêncio. Eu mesmo quebro a barreira criada. Pergunto pelo susto: "e aí, não entendeu nada? Rio da situação. Ela não me ouve. Apenas pergunta: como é que você sabia? Sabia o que?, questiono, na minha vez de perguntar. Ela diz: eu estou acabando de escrever um e-mail, que enviarei para tios, primos, amigos e outros parentes. É sobre o casamento da Flavinha, na Espanha. Como será amanhã, estava escrevendo o e-mail. A minha sugestão é: como não teremos condições de enviar presentes, que enviemos dinheiro. Coincidências me intrigam. Certa vez, umas décadas atrá

Na disputa por trabalho, vencem os mais fortes

Na disputa por uma vaga no mercado de trabalho, um homem calvo ou tendendo a ter menos cabelo, com traços masculinos bem delineados, rosto ariano, com maxilar proeminente, olhos azuis e voz grossa terá maiores chances de obter sucesso do que outro concorrente masculino, com competências profissionais superiores, porém com traços físicos discretos. Na concorrência profissional, o biotipo tem papel determinante em processos de escolha de executivos, mesmo quando envolve empresas especializadas em headhunting, que sobrevivem como "caçadores de talento". Revelações sobre o papel das características físicas constam da pesquisa "Ways do get on a headhunter's radar", desenvolvida pelo Labor Market Institute, Organização Não Governamental dos Estados Unidos, que se dedica a estudar comportamentos e processos envolvidos na contratação de profissionais especializados e executivos do mercado de trabalho. Para Charles Dravin, coordenador do estudo, os resultados reforçam

Novas mídias levam audiência da TV aberta para baixo

07/12/2009 Redação Adnews Em novembro, a média de TVs ligadas durante o horário nobre (18h às 24h), na Grande São Paulo, caiu 56%, um recorde negativo. Somente em dezembro de 2002 e 2007 o índice foi pior. De acordo com o blog do Daniel Castro, o total de TVs ligadas no mês passado caiu quatro pontos, em comparação ao mesmo período de 2008 (60%). Mais dois pontos seriam equivalentes à audiência do SBT. O Ibope avaliou as possibilidades para o desinteresse pela TV aberta, que vão da programação, o crescimento da internet, o fácil acesso ao DVD e os dias quentes. A conclusão é que a TV não perde apenas para o botão de "off" dos aparelhos, já que o Instituto atribui a queda aos chamados outros canais, nos quais se incluem (DVDs, videocassete, videogame e PC). Na visão do superintendente Comercial da Rede TV!, Antônio Rosa Neto, o problema é outro. Ele considera a queda uma tendência “irreversível e inexorável”, um movimento que, sobretudo, reflete a evolução da sociedade brasile

Os leitores mudam, mas os jornais não querem ver

Reunião entre os principais donos de jornais impressos do planeta, o encontro anual da Associação Mundial de Jornais (WAN, na sigla em inglês), entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, em Hyderabad, na Índia, demonstra que os empresários continuam perdidos sobre os rumos do negócio deles. Na sessão de encerramento do evento, o presidente da entidade, Gavin O'Reilly voltou a reclamar do Google, dono do principal sistema de busca do planeta. No alvo central estão, mais exatamente, os agregadores de notícias, como o Google News, sistemas que buscam e apresentam conteúdos jornalísticos apresentados na internet. Para a WAN, falta cooperação do Google na identificação de soluções para a questão de direitos autorais no uso de notícias. “Temos tentado sentar para negociar, mas o Google não tem colaborado. Enquanto isso, continua com sua cleptomania”, disse na quinta-feira, 3, Gavin O’Reilly, presidente da WAN, na sessão de encerramento do 62º congresso mundial do setor. O’Reilly se di

Deu no blog do Nassif

Algumas considerações sobre os rumos da mídia, a partir dos debates ocorridos na Câmara Municipal na segunda-feira. Como o seminário foi longo e rico em conteúdo, vou me ater a dois pontos. O ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, fez um belo relato sobre o que deverá ser o papel dos jornais, se quiserem ter relevância no debate político. Deverão abordar temas relevantes, deixar de lado o jornalismo ligeiro de futricas etc. Em duas intervenções, o representante da CUT trouxe dois enfoques bastante interessantes. O primeiro, lembrando que, até alguns anos atrás, nas assembleias da categoria, os colegas traziam jornais debaixo do braço, especialmente a Folha, e exibiam com orgulho. Hoje em dia, abominam os jornais e, nas discussões, mencionam cada vez mais os blogs. Aliás, ao final várias pessoas das mais variadas extrações sociais vieram conversar, repetindo tiradas do Blog (”priapismo midiático” e outras), e olha que o Blog não tem a capacidade do PHA de criar bordões.

Como é difícil um belo horizonte

Pesquisa divulgada pelo Ibope Mídia, braço do instituto especializado em estudos mercadológicos, sobre comportamento dos consumidores oferece dicas para quem não entende as dificuldades de sobreviver em Belo Horizonte. Segundo o estudo Target Group Index, realizado pelo IBOPE Mídia, na média, o comprador belo-horizontino depende mais da opinião ou indicação de amigos do que em outras localidades do País. A pesquisa aponta para 20% dos consumidores dizendo que sofrem influência dos amigos na hora da compra, enquanto, no Brasil, a média fica em 9,5%. A pesquisa obteve 9.728 entrevistas entre agosto de 2008 e janeiro de 2009. Curiosamente, ainda de acordo com o estudo, Belo Horizonte é a metrópole brasileira que mais consome mídias segmentadas como jornal, cinema e revista, segundo o estudo Target Group Index, realizado pelo IBOPE Mídia. Só em jornal, a capital mineira consome mais de 35% que a média do país. Certamente, a pesquisa captou o fenômeno dos "jornais populares", em e

A imprensa vive da farsa e como farsa

As denúncias envolvendo o senador José Sarney, um ícone do que há de pior na política brasileira, respingam -- ou deveriam respingar -- na credibilidade da imprensa. Cabe indagar aos donos dos grandes grupos, assim como para os "principais" nomes da cobertura política, sobre as razões pelas quais não se fez um trabalho de levantamento permanente da vida do ex-presidente maranhense, assim como de políticos da mesma laia. Porque se encerrou o processo de acompanhamento da vida de Renan Calheiros e de tantos outros especímes que sobrevivem no Planalto Central às custas de ações questionáveis. Jamais houve a preocupação em entender a fundo a personalidade do velho coronel, que atravessou a vida sempre na condição de servo dos poderosos, um prestador de serviços para quem vive da mesma proximidade e promiscuidade com os donos do destino do País. Coronéis e donos de jornais são extremamente parecidos. Vivem do subterrâneo, dos acordos "secretos", dos interesses de grupos

Quando a tecnologia joga contra

Desde 1995, quando ampliei meus interesses do jornalismo impresso para a comunicação na internet, sou obrigado a conviver com pessoas da área de tecnologia, que fizeram minha vida quase virar um inferno. A relação tem as marcas do conflito. Meu único consolo é saber que não estou só nesta sina. Outros profissionais têm pânico quando compartilham mesas de trabalho e computadores com os representantes das ciências exatas. Desenvolvem gastrites, neuroses e doenças coronarianas por conta das dificuldades do caminho do desenvolvimento e implantação de sites, portais e outros projetos na rede mundial de computadores. O fato é que os "tecnólogos" têm uma enorme dificuldade em lidar com o relacionamento em grupo. Melhor dizendo, trabalhar em conjunto, respeitando cada macaco em seu galho, acatar o conhecimento alheio. Aliás, algo comum, por sinal, nas atividades das ciências exatas e biológicas. Não tenho dúvidas em afirmar que, na infância e na adolescência, foram filhos e predileto

Jornalistas ausentes de discussão sobre capital estrangeiro em portais

Os jornalistas não foram convidados - ou, se foram, não participaram - para mais uma rodada de debates na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados sobre a participação de capital estrangeiro em empresas de comunicação além do limite de 30% previsto na Constituição brasileira. Na terça-feira, dia 7 de julho, em audiência pública promovida pelos deputados federais, os representantes das emissoras de televisão aberta e dos jornais voltaram a defender os seus interesses, com a tradicional sopa rala de argumentos.