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Mostrando postagens de agosto, 2006

Na reta final, o prazo sumiu

No próximo dia 4 de setembro, o mundo conheceria a nova versão de "o novo portal" da, digamos, instituição onde trabalho. Porém, aos oito meses e 20 dias de atraso serão acrescentados novos dias e horas intermináveis. A empresa de informática, responsável pela compra da ferramenta de gestão de informação, sumiu. A última notícia foi dada ontem, cedo, pelo celular: "Deu um problema de configuração do banco de dados, o oráculo do sistema, e o 'novoportal' está fora do ar. Até o final da manhã vamos estar fazendo o retorno da aplicação". E passa a manhã, e passa a tarde. E chega o dia seguinte. E nada. Não adianta digitar o endereço. Não adianta recarregar. Não adianta bater na máquina. Nada. Nada funciona. Só resta, então, gritar: "a empresa de informática sumiu!".

Na reta final, o sistema dançou

Deixadas por si mesmas, as coisas caminham sempre de mal para pior. A Lei de Murphy pegou. O carro derrapou e ficou virado na pista, de frente para última curva antes da reta final. O piloto não percebeu e começou a acelerar, na contra-mão. Ele está se afastando. Isso mesmo, a reta final está ficando para trás. Inacreditável.

Na reta final, o sistema sumiu

Faltando menos de uma semana para o lançamento do novo portal, adivinha quem não apareceu: o sistema de gestão de informações. As empresas e o pessoal de TI - tecnologia da informação, para os menos íntimos - não conseguem dar os ajustes finais para o funcionamento da ferramenta que possibilita publicar e editar as informações. Curiosamente, a mesma área de TI jura que o sistema está pronto, "funcional", no jargão da área. Mas dizem também que "faltam apenas alguns ajustes". Sei, só alguns ajustes. Que por acaso tiram o sistema do ar. Dá para acreditar?

Na reta final

Não estou nervoso. Apenas um pouco tenso. Tudo bem, também um pouco tendente à falta de paciência. Mas sabe como é, não? Na reta final do final de uma novela que já dura mais de um ano, perduram muitos problemas. A empresa de tecnologia é incompetente de carteirinha. E, no final das contas, como fala em Itil, PMI e outras siglas idiotas, tem crédito no mercado.

Como ser um jornalista na internet

Para ser um jornalista online, você precisa conhecer quatro "coisas". Um designer. Um programador de sistemas. Uma empresa capaz de valorizar profissionais capacitados e de dar bons empregos para vocês três. E o mais importante: saber muito sobre comunicação e marketing e um pouco sobre design e tecnologia. Esta deve - ou deveria - ser a resposta padrão para pergunta freqüente feita por jornalistas, novos e antigos, interessados em atuar no novo mercado criado pela internet. Muitos deles imaginam que as portas digitais serão abertas por algum curso sobre as inúmeras tecnologias desenvolvidas para o desenho e gerenciamento de sites. "Tenho muita vontade de atuar em jornalismo na internet, e estou fazendo um curso de Dreamweaver", anunciam os abnegados candidatos a emprego minimamente digno nesta praia de muitas ondas nem sempre boas para surfar. Outros, constrangidos, contam em segredo: eu queria muito trabalhar na internet, mas não sei nada de informática. Menos imp

Receita de insucesso de um projeto de portal (III)

Colaboração de Marcelo Sender Síntese das informações de palestra de Farhad Abdollahyan, diretor administrativo do PMI-SP (Project Management Institute), entitulada "O projeto atrasou! E agora, o que fazer? Dados sobre projetos de Ti - 70% dos grandes projetos sofrem de instabilidade de requisitos; - Pelo menos 50% dos projetos são executados com níveis de produtividade abaixo do normal; - Pelo menos 25% dos softwares de prateleira e 50% dos feitos por encomenda apresentam mais defeitos do que o razoável; - Pelo menos 50% dos grandes projetos de software estouram seu orçamento e prazo. - Numa análise de 136 projetos europeus, realizados entre 1994 e 2000, foi detectado que o cronograma teve 16% de atraso em média. O que fazer? - Grite! Peça ajuda. - Orgulho é um luxo ao qual você não tem direito! - Solicite que um observador externo (de preferência um outro gerente de projeto) ajude-o na avaliação da situação. Tente descobrir como aconteceu o desvio. - A correta identificação das

Receita de insucesso de um projeto de portal (II)

Quando você menos espera, entende por que não é convidado para as reuniões do pessoal da empresa de tecnologia envolvida na implantação do projeto do portal da corporação onde você atua, como gerente júnior do portal. Mesmo que você estivesse na lista do messenger deles, não seria chamado sequer para solenidades de colação de grau de um dos membros da equipe. Ao contrário, tudo que você fala ou faz é recebido no mais absoluto clima de gelo. Você se sente como o mala. A não ser que você seja realmente um mala, talvez o problema esteja vinculado a algum incômodo criado no, digamos, acerto entre as partes. Um dia a ficha cai e vem a percepção de que você colocou água fria na fervura dos sonhos alheios. O que não quer dizer que tenha rolado uma "bola". Não, nada disso. Um amigo viveu uma situação assim. Uma grande empresa interessada em gerar um case - eta expressão, digamos, fútil - convence o chefe de departamento de informática a implantar o sistema de gerenciamento de portal,

Receita de insucesso de um projeto de portal (I)

capítulo 1 A informática acha que a internet é dona de um brinquedo A área de tecnologia precisa compreender que a informática mudou, graças a ela própria, por sinal. Há alguns anos, construir um site demandava o exercício de lógica de programação. Comandos para formatar fontes, parágrafos, tabelas . .. e outros mais complexos requeriam conhecimentos específicos. Hoje não. Com o Dreaweaver você monta uma página em poucos instantes. O mundo saltou do DOS para o Windows. A internet também. O pessoal da tecnologia ainda não compreendeu isso. Não entendeu que, nos tempos do html puro, as reuniões eram comandadas por eles. Hoje, eles ocupam uma das cadeiras das reuniões sobre os projetos de portal. A função agora é de "membro da equipe" que terá na liderança, cada vez mais, os profissionais envolvidos com as estratégias gerenciais da empresa. Ou seja, comunicação e marketing tendem a ser, cada vez mais, os coordenadores dos projetos.

Socorro, o fornecedor se fu

História contada por um amigo meu, sofrido nos embates com a tecnologia e com os modelos modernos de gestão empresarial. Diz ele: Que coisa (na verdade, diz "merda"). O que leva a gente a ter crédito tão pequeno no mercado? Desde dezembro do ano passado, venho alertando os meus patrões sobre a baixa qualidade da empresa contratada para desenvolver um sistema de gerenciamento de conteúdos para a instituição onde trabalho. Desde o começo eu dizia: o foco do projeto está errado, a empresa acha que vai pegar as informações do portal antigo para um novo e pronto. Copiar - colar. Control c - Control v. Fornecedor de tecnologia deve desenvolver sistema. Eu acho que é isso. Mas não. Os caras acharam que iam juntar um quatro ou cinco estagiários a peso de salário mínimo e fazer migração. E o sistema que é bom, nada. Agora. Bem, agora, estamos assim. Desconversando. E não adianta a gente falar. Por que o pessoal acha que gente de comunicação não entende de nada. O pessoal de tecnologia

Projetos: receitas para o fracasso

Quantos dias de atraso são aceitáveis no processo de implantação de um projetode portal? Um dia, uma semana ou um mês? Em tese, nem mesmo uma hora deveriaser aceitável. Tudo bem, vivemos no Brasil, onde as regras não são assim tão rígidas. Prazos são coisa de estrangeiros, que levam fé nos relógios com minutos e segundos e nos contratos. Mas nós não. Estamos no país do jeitinho.E quando o atraso supera meses? Mais exatamente, seis meses ou mais. Sete ou oito, beirando um ano. Continuamos flexíveis e compreensivos? Estas dúvidas têm razão de ser e são fruto de uma inquietação que, em alguns momentos, beira a irritação, em outros, decepção, e inclui instantes de angústia quase depressiva. Mais de meio ano de uma novela, protagonizada por profissionais de diferentes áreas em uma instituição pública brasileira, é demais. Escolhas mal formuladas e má condução de processos geram efeitos danosos sobre as previsões, e são cruéis com todos os resultados esperados. A áreade informática definiu,