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Várias razões para o jornalista ganhar mal

Depois de acompanhar em uma lista de discussão uma discussão sobre as razões para o mercado de jornalismo ser tão ruim e o salário tão baixo, resolvi fazer uma lista na tentativa de descrever e sistematizar possíveis causas. Aí vai. Se você tiver alguma contribuição, publique no comentário. Por que os jornalistas são muitos. Milhares chegam ao mercado anualmente. Jornalismo deve trabalhar por amor à arte, por diletantismo. São muitas escolas e poucas vagas. As vagas nos veículos tradicionais estão minguando. As empresas estão nadando de braçada com a grande quantidade de novos formandos. A desregulamentação do mercado favorece e estimula a contratação de estagiários. Com os blogs, todo mundo virou jornalista. Falta um conselho nacional de jornalista. Falta regulamentação profissional. A juíza paulista eliminou a exigência do diploma. Escolas não formam profissionais capacitados. A função do jornalista é meramente técnica. As empresas jornalísticas não estão preocupadas com qualidade da

Telecomunicações substituirão famílias no controle da mídia

Possíveis mudanças na legislação das telecomunicações, preparadas pelo governo federal para possibilitar às empresas de telefonia entrar no mercado de televisão paga, vão alterar o cenário do mercado de trabalho do jornalista. Não resta dúvidas que, em um futuro de curto prazo, as empresas de telefonia serão as grandes empregadoras de mão de obra especializada em comunicação, inclusive de jornalismo. Os tradicionais grupos familiares sairão de cena e da propriedade dos veículos. É uma questão de tempo.

Mudança na legislação de telecomunicações deve atacar oligopólio, defende Fittel

Adriana Brendler Repórter da Agência Brasil Brasília - As alterações estudadas pelo governo para o Plano Geral de Outorga (PGO) devem servir para garantir a concorrência no setor, que não se concretizou com a privatização, em 1998. A opinião é de Hamurabi Carvalho, secretário de Política Sindical e Social da Federação de Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel). Para ele, a mudança na legislação, que passou a ser discutida para viabilizar a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (antiga Telemar), não pode se ater apenas à negociação entre as duas empresas, mas deve criar mecanismos para combater o oligopólio, que acabou existindo no país. “Isso [oligopólio] terminou acontecendo porque na telefonia fixa a concorrência nunca chegou a ocorrer, e mesmo na telefonia celular ela não é pra valer. Há combinações e acertos [entre as operadoras] e na prática não há muita diferença de uma empresa para outra. Concorrência pra valer nunca aconteceu no modelo que privatizou em 1998”, afirmou Carva

Na ditadura, empresas de comunicação empregaram censores

No período da ditadura, a TV Globo contratou censores para fazer a "avaliação" das informações produzidas pela emissora. Esta e outras revelações sobre os bastidores da relação entre empresas jornalísticas e a censura são apresentadas no livro "Cães de Guarda - Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988", da diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Beatriz Kushnir. Além de apresentar o livro, naturalmente desconhecido dos grandes meios, o jornalista Luiz Carlos Azenha apresenta, no blog Viomundo, uma resenha do livro e uma entrevista com a autora. http://www.viomundo.com.br

Notícia é produto de baixo valor

Formados pelo mercado e pelas escolas conservadoras e defadas da realidade, jornalistas têm dificuldade de entender a necessidade de requalificar o produto do trabalho a ser oferecido e "vendido" no mercado de comunicação. O profissional médio, e mediano, continua vendendo notícia, matéria-prima bruta, em formato de texto. As tabelas de preços dos sindicatos profissionais esmeram-se em quantificar o trabalho por laudas ou, mesmo, por número de caracteres. Passou a hora de aprender a vender informação ou, melhor ainda, conhecimento. A entrada da internet, com a abertura de novas possibilidades de geração e publicação de relatos sobre fatos do cotidiano, agravou a situação. Os portais noticiosos passaram a explorar o conceito de repórter-cidadão, estimulando qualquer pessoa a ser participante do processo de produção de notícias. Os blogs também reforçaram a tendência de banalização do conceito de notícia.

Jornalistas desiludidos com a profissão

Pesquisa realizada com 770 jornalistas norte-americanos revela que 25,7% pretendem deixar a profissão e 36,2% responderam que não sabem se querem. Os números são ainda mais elevados para jornalistas mais jovens, com até 34 anos: 31% deles pretendem sair e 43,5% dizem que não sabem. Entre as principais razões para a elevada taxa de jornadas desiludidos com a profissão são os baixos salários, as "longas e indesejáveis" jornadas de trabalho e o estresse. A pesquisa foi idealizada pelo professor Reinardy Scott, da Ball State University, com a finalidade de verificar que fatores desestimulam o exercício da profissão, entre os quais estão a idade, a carga de trabalho, bem como a circulação do veículo em que atua o jornalista.De acordo com as conclusões, muitas publicadas hoje em bloggasm.com, as mais altas taxas de frustração com a profissão verificaram-se entre os editores de jornais de pequeno porte.Jornalistas de todos os setores das redações responderam à pesquisa, mas a maiori

Operadora testa os limites da paciência dos clientes

Carlos Plácido Teixeira Jornalista Líder recente no ranking das operadoras de telefonia celular com maior número de reclamações na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Tim parece concentrar esforços para se consolidar nas listas de comunidades formadas por pessoas que odeiam alguma coisa. Para alcançar o objetivo, a empresa faz tudo para ser queimada em praça pública, irritando ao máximo o candidato a ex-cliente, que sai por ter recebido uma oferta mais tentadora e que poderia retornar algum dia. As histórias vividas por inúmeros consumidores têm traços surreais. Uma consumidora sugere o nome para a campanha: "Timmatando de raiva". Diante da iminência de perder o usuário de seus serviços, a empresa deflagra jogos de empurra. Todas as ações giram em torno da estratégia da “protelação”. Os gênios do marketing da empresa devem ter concluído que o candidato a “ex” desistirá e, conformado, manterá a conta. . O mesmo roteiro inspira as histórias dos insatisfeitos. Em um

Jornalistas choram enquanto os concorrentes avançam

Carlos Plácido Teixeira Jornalista Meramente conformado com as modernidades das novas tecnologias e exposto à inevitável necessidade de conviver com computadores, teclados, mouses e processadores de textos Word, contingente considerável de jornalistas da velha guarda ainda preserva, em silêncio obsequioso, como o imposto à Teologia da Libertação, a saudade dos tempos das velhas máquinas de escrever. Sem poder protestar, suspiram ao recordar como eram bons aqueles tempos em que, ao cair da tarde, as redações explodiam e pareciam sacudir ao som de dezenas de pessoas espancando as teclas das verdes e cinzas Remingtons ou Olivettis. O passado não retorna. Mas não há porque condenar exclusivamente os antigos profissionais de imprensa. Mesmo entre os mais novos, inclusive os estudantes que ainda se preparam para entrar no mercado, há uma incorrigível tendência de apego ao passado. Para corroborar a tese, basta verificar a angústia envolvida nas dúvidas sobre o futuro do jornais impressos. Cu

Novas tecnologias não substituem o "velho pauteiro"

Figura central da produção diária do jornalismo no passado ainda recente, o pauteiro deixou de ser, nas empresas jornalísticas, o sujeito experiente, dono do conhecimento sobre os temas mais importantes do momento, a memória sobre fatos passados que deviam ser lembrados e o banco de dados de fontes. A caderneta de endereços do pauteiro valia ouro. E quando o sujeiro era o João Rafael, a criatividade transparecia de forma abundante: a capacidade de tirar assuntos dos classificados de jornais, do diário oficial, da rua, do quase nada ou do nada e identificar personagens para sugerir uma boa reportagem. Hoje, os veículos de comunicação, focados exclusivamente na redução de custos, abandonaram a experiência, a cultura, as referências históricas e a rede de relacionamentos do pauteiro, substituído pela improvisação e ausência de referências. Leia o texto de João Rafael Picardi: http://www.jornaldosamigos.com.br/imprensa050704.htm

Justiça avança como usuária da internet

Questionado permanentemente pela lentidão das decisões, o judiciário demonstra pioneirismo e agilidade nos investimentos em comunicação, com o objetivo de melhorar o relacionamento com a sociedade. Com disponibilidade de recursos, que outros segmentos da administração pública nem sempre têm, a Justiça absorve conhecimentos e antecipa a aplicação das inovações tecnológicas. A habilidade na adoção das modernidades das mídias eletrônicas tem impacto visível no fato de que todo advogado é, hoje, um usuário da internet. O acompanhamento de todo processo passa pelos sites dos tribunais. A capacidade de inovar foi reiterada, em agosto, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Ao lançar uma nova versão de site . O destaque entre as atrações é a transmissão ao vivo de julgamentos realizados no fórum de Belo Horizonte. Com o objetivo de melhorar a qualidade da programação, a TV Justiça adotou um fórum de discussão on-line. É uma nova ferramenta para se comunicar com os parceiros da TV Ju