Pular para o conteúdo principal

Novas tecnologias não substituem o "velho pauteiro"

Figura central da produção diária do jornalismo no passado ainda recente, o pauteiro deixou de ser, nas empresas jornalísticas, o sujeito experiente, dono do conhecimento sobre os temas mais importantes do momento, a memória sobre fatos passados que deviam ser lembrados e o banco de dados de fontes.

A caderneta de endereços do pauteiro valia ouro. E quando o sujeiro era o João Rafael, a criatividade transparecia de forma abundante: a capacidade de tirar assuntos dos classificados de jornais, do diário oficial, da rua, do quase nada ou do nada e identificar personagens para sugerir uma boa reportagem.

Hoje, os veículos de comunicação, focados exclusivamente na redução de custos, abandonaram a experiência, a cultura, as referências históricas e a rede de relacionamentos do pauteiro, substituído pela improvisação e ausência de referências.


Leia o texto de João Rafael Picardi:
http://www.jornaldosamigos.com.br/imprensa050704.htm

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como ser um jornalista na internet

Para ser um jornalista online, você precisa conhecer quatro "coisas". Um designer. Um programador de sistemas. Uma empresa capaz de valorizar profissionais capacitados e de dar bons empregos para vocês três. E o mais importante: saber muito sobre comunicação e marketing e um pouco sobre design e tecnologia. Esta deve - ou deveria - ser a resposta padrão para pergunta freqüente feita por jornalistas, novos e antigos, interessados em atuar no novo mercado criado pela internet. Muitos deles imaginam que as portas digitais serão abertas por algum curso sobre as inúmeras tecnologias desenvolvidas para o desenho e gerenciamento de sites. "Tenho muita vontade de atuar em jornalismo na internet, e estou fazendo um curso de Dreamweaver", anunciam os abnegados candidatos a emprego minimamente digno nesta praia de muitas ondas nem sempre boas para surfar. Outros, constrangidos, contam em segredo: eu queria muito trabalhar na internet, mas não sei nada de informática. Menos imp

Quem matou o jornalista

Zélia Leal Adghirni A mídia não reflete a opinião pública. A sociedade pensa uma coisa e a mídia fala outra. E o pior: muitas vezes seleciona e reproduz só aquilo que coincide com os interesses políticos e econômicos do momento. O alerta foi dado pelo professor e pesquisador americano da Universidade do Colorado, Andrew Calabrese, durante o 29º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), que reuniu, na semana passada, mais de três mil professores, alunos e pesquisadores em comunicação na Universidade de Brasília em torno do tema Estado e Comunicação. Calabrese fez graves criticas à mídia americana que, segundo ele, exagerou no patriotismo em detrimento da informação após os atentados de 11 de setembro de 2001. De acordo com o professor, o discurso da Casa Branca e da grande mídia passou a ser quase unificado. A mídia quis fazer uma demonstração de patriotismo e solidariedade e acabou abraçando a decisão do governo de invadir o Iraque sem o respaldo da opinião da opinião

Jornalistas serão substituídos por robôs?

Os jornalistas podem - e vão - ser substituídos por robôs?