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Depoimento verdade: Tenho fobia social

Sou tímido. E tenho fobia social. Mas ao contrário de Luis Fernando Veríssimo, um tímido assumido e com notoriedade, como o escritor reconhece em entrevistas e em um texto publicado em 1995, tentei durante anos vencer a timidez. O investimento no esforço de corrigir a "falha de estrutura da personalidade" reflete o impulso natural diante da sociedade que cultua o mito do homem como ser social. Iniciei terapias umas três vezes. Achando que não estava sendo ouvido e sem dar conta de dizer que estava pouco satisfeito com o processo de análise, dei o calote em todos na última mensalidade, antes de abandonar o tratamento -- não dar conta de dizer é um comportamento típico de um fóbico social. Humanos com fobia social demonstram intensa ansiedade em situações de convívio com outros seres da mesma espécie. Segundo os especialistas, os temores, capazes de se transformar em pânico e visível no suor destilado por alguns dos fóbicos sociais, geram os surtos, em diferentes intensidades

Revolução feminina: a maior jogada de marketing do século XX

Documentos secretos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, liberados pela Biblioteca do Senado daquele país, depois de 50 anos determinados pela legislação federal que protege o segredo das informações confidenciais, revelam que a revolução feminista, ocorrida a partir da década de 1960 e consolidada no período seguinte, foi, na realidade, uma grande -- talvez a maior -- jogada de marketing já levada a cabo no mercado de consumo mundial. Atas assinadas por grandes especialistas da época -- um dos documentos tem as iniciais P e K que, imagina-se, sejam de Philip Kotler, um dos maiores nomes do segmento -- , atestam que o projeto foi colocado em prática a partir de 1959, com o objetivo de assegurar o dinamismo do mercado de consumo local. Os Estados Unidos, governado então por Dwight D. Eisenhower, viviam o prenúncio de novas crises econômicas e os 30 anos do trauma da grande depressão de 1929. Além disso, a Guerra Fria, em franca expansão na Terra e no espaço, tendo a União So

Divagações de um ex-repórter de finanças

Início de noite, horário de fechamento da primeira página do jornal Diário do Comércio, o editor geral pergunta para o responsável pelo caderno de Finanças e Negócios como foi o desempenho do mercado financeiro. Em tempos de inflação elevada e instabilidade econômica, nos primeiros anos da década de 1990, a bolsa de valores tinha levado mais um tombo de 6%. O editor geral quer saber o que aconteceu, no que o responsável pelo caderno responde: caiu demais porque subiu muito nos dias anteriores. Em português claro, os investidores embolsam hoje o lucro de ontem. O fechador da primeira sai bufando e manda o subordinado produzir linhas com a explicação mais "adequada" para "os fatos do dia". No caso, as justificativas esperadas pressupõem a repercussão com as mesmas fontes, os mesmos argumentos de que decisões governamentais ou projeções econométricas afetaram expectativas e assustaram os investidores. As velhas justificativas de que o medo gerou as ordens de venda dos

Para que serve um senador

Mal sabemos para que eles servem. Mas sabemos que eles não nos servem. Deixados à própria sorte, sem o controle da sociedade, senadores brasileiros viraram uma praga. Sarneys, Heráclitos, Calheiros, Collors, Mãos Santas, entre outros, são mesmo como cupins, como apontou, com conhecimento de causa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um membro honorário da colônia, formada por 81 "rainhas", muitos deles ilustres desconhecidos da sociedade, inclusive dos eleitores. São personagens interessados apenas em preservar seus podres poderes.  No grupo, até mesmo os senadores bem intencionados - eles existem - podem ser acusados de falhar, que seja por omissão. Aliás, o gaúcho Pedro Simon reconheceu a responsabilidades ao discursar do alto da tribuna. "Vamos ser sinceros, a culpa é nossa", assinalou na sexta-feira, dia 20. O reconhecimento de culpas não foi acompanhado por outros políticos, sumidos diante do verdadeiro bombardeio de denúncias de deslizes e desmandos no

Com You Tube, Obama cria novos paradigmas na internet

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu à internet, durante o processo de corrida às urnas e antes mesmo da posse, em janeiro de 2009, o status de veículo privilegiado de comunicação e interação com o cidadão americano. A postagem de mensagens no site You Tube depois das decisões das urnas reitera a intenção em estabelecer o contato direto e a disseminação de mensagens pelo endereço eletrônico http://www.change.gov/ . No site do pré-governo, Obama pediu ao Congresso norte-americano que aprove rapidamente as medidas para combater a crise financeira. "Esta é a primeira vez em que um presidente eleito ou um presidente transforma o discurso por rádio em um projeto multimídia", assinalou uma matéria publicada pelo portal G1. A publicação eletrônica destaca que a iniciativa oferece a oportunidade para que Obama se comunique diretamente com o público sem a mediação da imprensa. O presidente eleito Obama pretende se comunicar diretamente com o povo americano pa

Cyberutopias e jornalismo

O relatório The State of the News Media de 2008 (www.stateofthenewsmedia.org), divulgado este mês, traz uma radiografia, quer dizer, uma tomografia computadorizada do estado da imprensa nos Estados Unidos. Conduzido pelo Project for Excellence in Journalism, é vasto, quase exaustivo. Se publicado em livro, teria mais de 700 páginas. Ao mesmo tempo, é detalhista e analítico. O diretor do Project for Excellence in Journalism, Tom Rosenstiel, é a pessoa certa no lugar certo, como demonstra um dos livros que escreveu em parceria com Bill Kovach, The Elements of Journalism (New York: Three Rivers Press, lançado em 2001 e atualizado em 2007). A partir de centenas de conversas com profissionais e estudiosos da imprensa, essa obra procura identificar e definir os elementos essenciais do jornalismo em tempos de transformação. O relatório The State of the News Media, publicado anualmente desde 2004, parece perseguir a mesma pergunta e o mesmo método. Em 2008, o estudo noticiou com destaque o inc

CTBC e Telefonica lideram o ranking de reclamações da Anatel

Na telefonia celular, a CTBC fechou fevereiro na liderança das empresas com maior número de reclamações dos usuários, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com o índice de 0,817 por mil assinantes, a empresa deixa a TIM na segunda posição, com 0,417. Na telefonia fixa,a liderança é da Telefonica, de São Paulo, com 1,171 reclamação por mil assinantes. Na segunda posição, a Embratel, com 0,993, e a Brasil Telecom, com 0,821. Segundo a Anatel, reclamações de telefonia fixa cresceram mais em comparação à telefonia móvel em janeiro deste ano. Confira Telefonia fixa supera a celular em reclamações

Em telecom, o desrespeito é regra

"Falta transparência aos prestadores de serviços de banda larga na divulgação dos seus termos de serviços no momento da venda dos produtos e faltam também investimentos em infra-estrutura de rede". A constatação é de um levantamento realizado pelo IDG Now!, site de notícias sobre tecnologia, que solicitou avaliação dos leitores. Os consumidores que abusam de downloads sofrem penalidades que não são explíticas claramente nos contratos. O desrespeito ao consumidor integra as rotinas das empresas de telecomunicações. A mesma revista eletrônica revela que, um mês após as novas regras da telefonia celular estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) entrarem em vigor, em 13 de fevereiro, os consumidores ainda enfrentam problemas para fazer valer seus direitos.

Desafios para projetos de construção de portais

Cobiça, egoismo, avareza, orgulho e inveja, alguns dos piores sentimentos do ser humano inviabilizam, em instituições privadas e públicas, boas intenções de quem se envolve com os desafios de construir projetos de portais, sites ou qualquer tipo de publicações digitais. Projetos são destruídos por inteiro ao esbarrar nas pequenas, médias e grandes sutilezas da alma humana, nos interesses secretos de pessoas que não sabem ou não querem trabalhar em grupo por razões explícitas ou implícitas. Em uma grande empresa estatal, por exemplo, o processo de desenvolvimento de um novo portal institucional sofreu atraso de quase dois anos por conta das dificuldades que a área de comunicação enfrentou para especificar as características da publicação eletrônica. O fato é que a área de tecnologia, diante da perda de poder sobre o site, sobre o qual impunha todas as regras no passado, adotou postura discreta de boicote, transferindo todo o poder para o departamento de comunicação, que assumiu, entre o

O Rio de Janeiro inova com "Gato Velox"

Você pode não concordar com o fato de que Velox não é a jato. Mas há de concordar que o Rio de Janeiro tem vocação para criar novidades. Como agora, segundo a Informática da Folha online, moradores da região metropolitana da capital fluminense criaram o "gato velox", a internet que realiza a democracia digital. "Por até R$ 30, moradores de bairros de classe média baixa ou mesmo em favelas conseguem uma conexão de internet banda larga de velocidade de dados limitada." Confira em Ilegal, "gato velox" espalha internet de banda larga no Rio.