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Comunicação pública não prejudica o bom jornalismo

Ricardo Lauricella* Vermelho "As novas mídias realmente representam a nova vanguarda e suas inovações são pelo menos tão radicais quanto as inovações formais da década de 1920". Lev Manovich Vamos a uma tentativa de respostas. A informação é notada, registrada, distribuída e compartilhada. Sendo assim, seria o produtor da matéria o dono dela? E no caso dos releases? Seriam os assessores de imprensa os donos? Afinal eles recebem a informação e divulgam para a grande imprensa. Sendo assim, nas newsletters e informações nos portais de comunicação, os webdesigners poderiam reclamar para si a propriedade pelo produto final? De acordo com o crítico e pesquisador Lev Manovich, o remix tem extrapolado o universo musical e se estabelecido como re-utilização de materiais já existentes. No caso da informação tratada no jornalismo, não são poucos os casos em que matérias são requentadas, diluídas de um meio de comunicação e colocadas em outro. Esse processo se dá pela

Quando a tecnologia joga contra

O que fazer quando a área de tecnologia joga contra o resto do time? É com isso que convivo no meu trabalho, onde a empresa responsável pelo suporte tecnológico vive alheia ao que acontece com os seus clientes. Na internet, a empresa de tecnologia, pomposamente denominada de Informação e Informática do município, mandava e desmandava em tempos recentes. Perdeu o posto, mas não aceitou ficar sem um mínimo poder.

Por dentro de um golpe que fez água

No processo de fechamento da Gazeta Mercantil é possível identificar um dos raros casos em que relativa agilidade da Justiça impediu uma grande jogada com interesses inconfessáveis. Os antigos funcionários do jornal relatam os ralos por onde escoavam dinheiro para negócios paralelos, a falta de pagamento de tributos e recolhimento de direitos dos trabalhadores como uma ação premeditada, um golpe imaginado. Ao negociar com Tanure os direitos sobre a marca "Gazeta Mercantil", os antigos sócios imaginavam que a lerdeza da Justiça afastaria os efeitos dos questionamentos dos trabalhadores. Mas o que o se viu foi que os juízes entenderam que o empresário, atual proprietário do Jornal do Brasil, era tão responsável pela dívida quanto o ex-presidente Levy. Assim, o golpe fez água.

Gazeta Mercantil vai para o espaço

Principal diário econômico do País durante décadas, a Gazeta Mercantil tem a morte anunciada. A segunda-feira, 1 de junho, entra na história como o dia em que as bancas e os assinantes deixarão de receber definitivamente o jornal. Não houve consenso entre os representantes da Companhia Brasileira de Multimídia e da família de Luiz Fernando Levy, que volta a ser a proprietária do jornal e da marca, com o fim do acordo com a CBM. O mercado de trabalho já tão pequeno de oportunidades, lamenta o fim do jornal e, consequentemente, dos empregos. Para quem passou alguns poucos anos na empresa, não existem dificuldades para se entender as origens da crise, que culminou com o resultado atual. A gestão da empresa era terrível. Mais de 60 diretores, com salários próximos a R$ 25 mil, significavam a necessidade de faturar, no mínimo R$ 3 milhões por mês, apenas para saldar salários com eles. O desperdício nas redações era evidente. Compras mal feitas. Contratações sem cuidados. Diretores com ban

Informalidade do trabalho tende a continuar crescendo

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou em um relatório divulgado nesta quarta-feira, dia 8, que o número de trabalhadores informais pode atingir dois terços da força de trabalho mundial até 2020. A OCDE afirma que existem atualmente no mundo 1,8 bilhão de trabalhadores no setor informal, ou 60% da força de trabalho global, que vivem sem um contrato de trabalho ou previdência social, e 1,2 bilhão de pessoas trabalham sob contrato e têm previdência social. O relatório da organização acrescenta que, com a crise mundial, o número de trabalhadores sem segurança no emprego ou benefícios está aumentando. E o aumento do número de trabalhadores no setor informal terá "consequências graves" para países pobres, de acordo com o documento. Leia em http://www.bbcbrasil.com.br/ Segundo dados da organização, a atividade econômica informal é maior em algumas das regiões mais pobres do mundo.

Senado: picaretagem sem fim

Deixadas a si próprias, as coisas sempre caminham de mal a pior.  Incorporada ao senso comum, a expressão do repertório das Leis de Murphy é a cara do senado brasileiro. Confira matéria do Correio Braziliense: A falta de concurso público e uma brecha contratual transformaram a poderosa gráfica do Senado num cabide de empregos para apadrinhados e parentes de servidores da Casa. Há famílias inteiras trabalhando no setor, movido à mão de obra terceirizada. O Correio teve acesso à lista com os nomes de 103 terceirizados da Steel Serviços Auxiliares Ltda. e ao contrato de R$ 6,7 milhões anuais dela com o Senado, o maior da gráfica. A reportagem identificou pelo menos cinco famílias trabalhando na empresa, algumas indicadas ou parentes de servidor, inclusive do ex-diretor-geral Agaciel Maia. 

Tenho fobia social (continuação)

Amigo meu, um fóbico social patológico, conta um caso de um amigo dele que virou alcoólatra por conta do uso de bebida para tomar coragem para enfrentar situações sociais. Em algum momento da vida, percebeu que ao beber conseguia enfrentar o mundo. Passou a tomar sempre uma antes de qualquer encontro ou reunião. Não deu outra: Virou um bebum.  No meu caso, na adolescência, começando a fumar, tinha a maior dificuldade de entrar em butecos para comprar cigarros.  Mais de duas pessoas, eu dava meia-volta e saia em busca de outro lugar. 

Depoimento verdade: Tenho fobia social

Sou tímido. E tenho fobia social. Mas ao contrário de Luis Fernando Veríssimo, um tímido assumido e com notoriedade, como o escritor reconhece em entrevistas e em um texto publicado em 1995, tentei durante anos vencer a timidez. O investimento no esforço de corrigir a "falha de estrutura da personalidade" reflete o impulso natural diante da sociedade que cultua o mito do homem como ser social. Iniciei terapias umas três vezes. Achando que não estava sendo ouvido e sem dar conta de dizer que estava pouco satisfeito com o processo de análise, dei o calote em todos na última mensalidade, antes de abandonar o tratamento -- não dar conta de dizer é um comportamento típico de um fóbico social. Humanos com fobia social demonstram intensa ansiedade em situações de convívio com outros seres da mesma espécie. Segundo os especialistas, os temores, capazes de se transformar em pânico e visível no suor destilado por alguns dos fóbicos sociais, geram os surtos, em diferentes intensidades

Revolução feminina: a maior jogada de marketing do século XX

Documentos secretos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, liberados pela Biblioteca do Senado daquele país, depois de 50 anos determinados pela legislação federal que protege o segredo das informações confidenciais, revelam que a revolução feminista, ocorrida a partir da década de 1960 e consolidada no período seguinte, foi, na realidade, uma grande -- talvez a maior -- jogada de marketing já levada a cabo no mercado de consumo mundial. Atas assinadas por grandes especialistas da época -- um dos documentos tem as iniciais P e K que, imagina-se, sejam de Philip Kotler, um dos maiores nomes do segmento -- , atestam que o projeto foi colocado em prática a partir de 1959, com o objetivo de assegurar o dinamismo do mercado de consumo local. Os Estados Unidos, governado então por Dwight D. Eisenhower, viviam o prenúncio de novas crises econômicas e os 30 anos do trauma da grande depressão de 1929. Além disso, a Guerra Fria, em franca expansão na Terra e no espaço, tendo a União So

Divagações de um ex-repórter de finanças

Início de noite, horário de fechamento da primeira página do jornal Diário do Comércio, o editor geral pergunta para o responsável pelo caderno de Finanças e Negócios como foi o desempenho do mercado financeiro. Em tempos de inflação elevada e instabilidade econômica, nos primeiros anos da década de 1990, a bolsa de valores tinha levado mais um tombo de 6%. O editor geral quer saber o que aconteceu, no que o responsável pelo caderno responde: caiu demais porque subiu muito nos dias anteriores. Em português claro, os investidores embolsam hoje o lucro de ontem. O fechador da primeira sai bufando e manda o subordinado produzir linhas com a explicação mais "adequada" para "os fatos do dia". No caso, as justificativas esperadas pressupõem a repercussão com as mesmas fontes, os mesmos argumentos de que decisões governamentais ou projeções econométricas afetaram expectativas e assustaram os investidores. As velhas justificativas de que o medo gerou as ordens de venda dos