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Gazeta Mercantil vai para o espaço

Principal diário econômico do País durante décadas, a Gazeta Mercantil tem a morte anunciada. A segunda-feira, 1 de junho, entra na história como o dia em que as bancas e os assinantes deixarão de receber definitivamente o jornal. Não houve consenso entre os representantes da Companhia Brasileira de Multimídia e da família de Luiz Fernando Levy, que volta a ser a proprietária do jornal e da marca, com o fim do acordo com a CBM.

O mercado de trabalho já tão pequeno de oportunidades, lamenta o fim do jornal e, consequentemente, dos empregos. Para quem passou alguns poucos anos na empresa, não existem dificuldades para se entender as origens da crise, que culminou com o resultado atual. A gestão da empresa era terrível. Mais de 60 diretores, com salários próximos a R$ 25 mil, significavam a necessidade de faturar, no mínimo R$ 3 milhões por mês, apenas para saldar salários com eles. O desperdício nas redações era evidente. Compras mal feitas. Contratações sem cuidados. Diretores com banheiras de mármore no banheiro. Desvios de material.

Fechar é inevitável. Um final previsto.

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