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Saraiva, setores, alternativa de renda e tendências. Confira os sinais do futuro

A Saraiva anunciou o fechamento de novas lojas. Hoje, a empresa, em recuperação judicial, tem menos da metade do número de lojas que tinha em 2017.

Já em crise desde anos anteriores, as livrarias em lojas físicas vão ficando no passado. Confira este e outros sinais do futuro

Carlos Plácido Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro

A Livraria Saraiva segue fechando lojas pelo País. Em junho, a empresa, em processo de recuperação judicial, anunciou o encerramento das atividades de 11 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas e Pernambuco. Agora, foram mais quatro megastores, na Bahia. A Saraiva chegou a ter 112 lojas em 2017 e ficará com apenas 54. E o número pode cair ainda mais, segundo o documento enviado pela empresa ao Judiciário. As dificuldades da livraria, negócio de baixa tradição no Brasil, antecedem a pandemia, é claro.

Mas o período de fechamento determinado pelo vírus fortaleceu as vendas virtuais de livros e produtos de papelaria. Empresários reconhecem que o aumento da participação do varejo eletrônico nas vendas de livros avançou muito nessa pandemia, e as lojas físicas não vão voltar aos patamares de antes. Essa mudança de hábitos não retrata apenas o isolamento social e o medo do contágio em vias públicas, mas também à comodidade oferecida pela compra online. “Muita gente que não comprava pela internet notou as facilidades e criou esse hábito, reconhecem empresários do setor.”

Brasil ganha quase um milhão de MEIs na pandemia

Os números

  • 1,02 milhão de desempregos a mais nos últimos sete meses
  • 2,1 milhões de empresas abertas em oito meses
  • 1 milhão de novos MEIs
  • São 10,8 milhões de MEIs
  • 30,2 milhões é o número de pessoas com carteira assinada no Brasil
  • 30% dos MEIS têm entre 31 e 40 anos

A elevação do desemprego desde o início da pandemia levou ao registro de mais um milhões de MEIs. Hoje, o número de microempreendedores individuais chegou a 10,8 milhões. Na comparação com o final de 2019, houve crescimento 14% na quantidade de pessoas que partem para iniciativas próprias, buscando alternativas de sobrevivência.

A tendência é de continuidade da expansão, como resultado das dificuldades de recuperação da economia brasileira, por conta da pandemia, do aumento do desemprego, da flexibilização das leis de trabalho e da ausência de políticas de fomento à criação de emprego e renda.

O futuro das profissões revelado nas escolhas dos estudantes

A startup de educação, finanças e captação digital Amigo.edu fez um levantamento para descobrir quais foram os cursos que mais obtiveram inscrições para a realização do Vestibular Digital. Análise de desenvolvimento de sistemas, administração, direito, psicologia e enfermagem ocupam às cinco primeiras posições do ranking, somando mais de 68% das inscrições.

Alunos de todos os estados brasileiros se inscreveram para fazer o vestibular em mais de 180 cursos diferentes e o top 10 foi: Análise de Desenvolvimento de Sistemas com 42,16%, Administração com 17,54%, Direito com 3,57%, Psicologia com 3,13%, Enfermagem com 2,43%, Tecnologia e Gestão Financeira com 2,18%, Biomedicina com 2,01%, Tecnologia em Marketing com 1,90%, Fisioterapia com 1,78% e Tecnologia em Processos Gerenciais com 1,65%.

Home office definitivo no Brasil

Parte das pessoas ocupadas no país podem ter passado de forma definitiva para o modo teletrabalho (ou home office), de acordo com nota técnica divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da edição mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19. “Os dados mostram que, embora o contingente atual tenha recuado em relação ao início da pandemia, este vem se mantendo constante ao longo das últimas semanas”, registra o documento, de acordo com a reportagem da Agência Brasil. Atualmente, 8,29 milhões de pessoas se encontram em teletrabalho.

Adoção de pets é uma tendência no Brasil, aponta pesquisa

De acordo com estudo, 33% dos cães e 59% dos gatos que moram nos lares brasileiros foram adotados, o que se deve à mudança de comportamento da população. Estudo desenvolvido pelo Instituto H2R mostrou que mais da metade dos domicílios (53%) possui cães e/ou gatos. Desses lares, 44% dos entrevistados escolheram os cachorros como companheiros e 21% optaram pelos gatos. Em relação às raças de cachorro, 42% dos respondentes têm um SRD —ou seja, um vira-lata—, e 53% escolheram uma raça específica, como Pinscher (20%), Poodle (14%) e Shih-Tzu (9%). Já entre os donos de gatos, 62% têm um companheiro SRD e 22% têm um animal de raça. Destes últimos, 67% preferem o Siamês.

Hospitais têm maior movimento e receita menor

Instituições centrais no atendimento à população, os hospitais também tiveram perdas com a pandemia. De março a junho de 2020, o número de casos suspeitos de Covid-19 nos Pronto Atendimentos (PAs) aumentou mais de 600%, passando de 2,7% em março para 19,5% em junho. Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apenas em junho, 41,5% dos pacientes atendidos testaram positivo para a doença e 2,9% deles foram internados.

O movimento maior foi compensado negativamente pelas recomendações dos órgãos responsáveis – como Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – para suspensão de procedimentos e exames eletivos. De devido ao receio de contaminação das pessoas, houve queda de 26,3% no total de internações, comparando os meses de janeiro a junho de 2020 com o mesmo período de 2019.

Os hospitais associados à Anahp também registraram diminuição das internações relacionadas a doenças crônicas e do aparelho circulatório e nervoso – na qual estão classificados os cânceres e as doenças como infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, dentre outras de tratamento contínuo – de 27,3%, 31,6% e 34,9%, respectivamente.


Geração de energia solar mantém atratividade

Com um plano de investimento de R$ 1 bilhão em geração solar distribuída (GD), a Solatio Energia Livre acredita que a modalidade se tornará cada vez mais atrativa ao consumidor brasileiro. A empresa, uma joint venture entre a espanhola Solatio e a Mineira CMU, aplicará o valor até 2023 na construção de 60 a 80 usinas de 5 MW na área de concessão da Cemig, em Minas Gerais. Segundo a empresa, o planejamento não sofreu nenhuma alteração com o cenário de pandemia de Covid-19.

Dicionário de tendências

Travel Shaming é a nova tendência no turismo em 2020. A nova expressão identifica, critica e expõe as ações que estejam fora do que se estabelece como a forma mais apropriada de agir em determinadas situações. Tipo, você faz e publica um textão em suas redes sociais criticando a sua prima ou colega de trabalho que curtiu uma foto na praia lotada de Ipanema, no Rio, em tempos de pandemia.

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