Pular para o conteúdo principal

Futuro do coworking: por que os espaços vão continuar crescendo

Espaços de coworking seguem beneficiados pela combinação de variáveis tecnológicas, mercadológicas e de gestão empresarial. Imagem de <a href="https://pixabay.com/pt/users/StockSnap-894430/?utm_source=link-attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=2606784">StockSnap</a> por <a href="https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=2606784">Pixabay</a>
Espaços de coworking seguem beneficiados pela combinação de variáveis tecnológicas, mercadológicas e de gestão empresarial. Imagem de StockSnap por Pixabay

Carlos Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro

Na segunda metade dos anos 1990, um pequeno grupo de empresários acreditou que era chegado o momento de investir em uma nova ideia: escritórios virtuais. No período marcado pelo início da história da internet, empresários como o mineiro Flávio Alves Pinto, chegaram a abrir unidades do espaço compartilhado, no centro de Belo Horizonte. Não deu certo. Ao contrário, foram necessários quase 20 anos para que o modelo de negócios passasse a dar certo, com o nome coworking.

“Sempre fui um entusiasta do coworking”, assegura Flávio Pinto. Em 1995 ele foi um dos pioneiros da ideia. Hoje tem três unidades do SpaceJob Coworking. Entre a primeira tentativa e o sucesso atual, um dos principais fatores de impulsionamento é, sem dúvida, o avanço das tecnologias de comunicação pela internet e a maturidade da informática. Além de um ambiente propício entre as empresas, interessadas diretamente em possibilitar em investir em novas relações de trabalho, inclusive em estruturas de trabalho a distância.

Cenário de mudanças

A tecnologia está, de fato, impactando os escritórios tradicionais, com mudanças profundas na forma como os empresários operam e fazem negócios. A maior parte da comunicação é virtual, o recrutamento acontece via LinkedIn e os arquivos são armazenados na nuvem. Agora você pode trabalhar com empresas de Nova York a Xangai sem sair do conforto de sua mesa em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza ou Curitiba.

A força da transformação está na “nuvem”. Ela possibilitou aos funcionários estarem tão presentes quanto os que estão no escritório. O culto ao trabalho colaborativo, propagado com o apoio dos formadores de opinião e da média, facilita essa tendência, permitindo que os empreendedores transformem qualquer escritório em qualquer cidade, com o mínimo esforço e a máxima produtividade.

Para Flávio Alves Pinto, a possibilidade de fortalecer redes de relacionamento — as networks — são a principal vantagem os escritórios de coworking. Ao contrário dos espaços de escritório tradicionais, os espaços de trabalho são construídos para a troca, permitindo que a empresas flexione seu quadro de funcionários e o espaço físico para cima ou para baixo, conforme necessário. Para o profissional, transformado em prestador de serviços em muitos dos casos, é a oportunidade de se manter conectado com o mundo das pessoas.

Tendências

Pelo menos na metade da década atual, as oportunidades para o setor de coworking continuarão crescentes graças à combinação de variáveis como a evolução das tecnologias digitais de comunicação, desregulamentação da economia e do mercado de trabalho, expansão dos negócios de base tecnológica, como as startups e crença no espirito do empreendedorismo. O efeito será, evidentemente, o aumento da concorrência.

Especialistas do segmento acreditam que o setor provavelmente verá uma nova geração de espaços de coworking dedicados a segmentos específicos. Esses espaços serão equipados com tecnologia alinhada às necessidades daqueles que trabalham em demandas especializadas, favorecendo a colaboração e criando um senso mais próximo da comunidade para impulsionar o sucesso.

Um ótimo exemplo é a indústria de alimentos, onde os testes de produtos são fundamentais. No momento, os espaços de coworking normalmente não são projetados ou equipados com a tecnologia para lidar com os estágios de desenvolvimento e teste do produto.

Haverá um aumento no número de empresas corporativas que utilizam espaços de coworking. Isso não apenas permite economizar no custo e no comprometimento dos contratos tradicionais de escritório, mas também permite que eles acessem o talento e a tecnologia que eles talvez ainda não tenham em suas empresas. Isso é particularmente benéfico quando se trata de pesquisa e desenvolvimento. Além de estar cheio de pessoas com uma ampla gama de habilidades que podem ser necessárias, os espaços de coworking também são projetados de maneira a inspirar a criatividade, tornando-os um ambiente mais favorável ao aumento da produtividade.

Você gostaria de receber mais informações sobre a profissão ou outra área?
Preencha o formulário abaixo:

Seu Nome (obrigatório)

Seu e-mail (obrigatório)

Assunto

Sua mensagem

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como ser um jornalista na internet

Para ser um jornalista online, você precisa conhecer quatro "coisas". Um designer. Um programador de sistemas. Uma empresa capaz de valorizar profissionais capacitados e de dar bons empregos para vocês três. E o mais importante: saber muito sobre comunicação e marketing e um pouco sobre design e tecnologia. Esta deve - ou deveria - ser a resposta padrão para pergunta freqüente feita por jornalistas, novos e antigos, interessados em atuar no novo mercado criado pela internet. Muitos deles imaginam que as portas digitais serão abertas por algum curso sobre as inúmeras tecnologias desenvolvidas para o desenho e gerenciamento de sites. "Tenho muita vontade de atuar em jornalismo na internet, e estou fazendo um curso de Dreamweaver", anunciam os abnegados candidatos a emprego minimamente digno nesta praia de muitas ondas nem sempre boas para surfar. Outros, constrangidos, contam em segredo: eu queria muito trabalhar na internet, mas não sei nada de informática. Menos imp

Quem matou o jornalista

Zélia Leal Adghirni A mídia não reflete a opinião pública. A sociedade pensa uma coisa e a mídia fala outra. E o pior: muitas vezes seleciona e reproduz só aquilo que coincide com os interesses políticos e econômicos do momento. O alerta foi dado pelo professor e pesquisador americano da Universidade do Colorado, Andrew Calabrese, durante o 29º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), que reuniu, na semana passada, mais de três mil professores, alunos e pesquisadores em comunicação na Universidade de Brasília em torno do tema Estado e Comunicação. Calabrese fez graves criticas à mídia americana que, segundo ele, exagerou no patriotismo em detrimento da informação após os atentados de 11 de setembro de 2001. De acordo com o professor, o discurso da Casa Branca e da grande mídia passou a ser quase unificado. A mídia quis fazer uma demonstração de patriotismo e solidariedade e acabou abraçando a decisão do governo de invadir o Iraque sem o respaldo da opinião da opinião

Jornalistas serão substituídos por robôs?

Os jornalistas podem - e vão - ser substituídos por robôs?