"Os cidadãos estão ocupando cada vez mais o espaço dos jornalistas dos meios de comunicações em massa, usando a internet e o celular para “noticiar” informações e fotos exclusivas e formar opinião", a avaliação foi reiterada pelo jornalista e escritor americano Dan Gillmor, autor do livro We the Media ("Nós, A Mídia"), referência no estudo sobre como o jornalismo e a grande mídia, ao participar, em São Paulo, do Colóquio Latino-Americano sobre Observação da Mídia, encerrado nesta quarta-feira, dia 13 de setembro.
Matéria publicada em diversos portais que cobriram o evento - e copiada por outros -, destaca que, para Gillmor, o lugar dos veículos tradicionais está sendo tomado por sites montados por cidadãos não formados em jornalismo, que têm conseguido oferecer serviços ao público com maior eficiência.
O escritor americano assinala que, com as novas tecnologias, como a internet e o celular, a mídia se democratiza na ponta do emissor, o cidadão que gera e apresenta informações. Histórias apresentadas revelam a curiosidade de exemplos que competem com as empresas jornalísticas, mais do que com o jornalista propriamente dito. O site Craiglist, criado por um estudante universitário em 1995, já é hoje a principal ferramenta de anúncios classificados dos Estados Unidos, com cerca de quatro bilhões de acessos por mês. Os classificados, fonte de renda importante dos jornais impressos, estão "migrando" para a internet. A enciclopédia Wikipedia, fundada em 2001, é uma das mais consultadas da internet. Os verbetes são escritos e revistos pelos próprios internautas, em um dos projetos coletivos com maior participação na rede.
O Backfence é um projeto em que os moradores escrevem reportagens e notícias sobre o que está acontecendo na comunidade. A iniciativa de cidadãos não formados em jornalismo, que funciona em alguns Estados americanos como Califórnia e Maryland, tem ocupado o lugar dos jornais locais. O Chicagocrime.org é um exemplo de mashup (mistura, em inglês), ou seja, uma combinação de interfaces diferentes que produz um serviço próprio. Misturando informações do site da polícia de Chicago com o mapa fornecido pela prefeitura, o Chicagocrime.org, criado por um morador, mostra os locais onde mais ocorrem crimes em Chicago.
O tradicional jornal diário francês Le Monde tem se adaptado à corrente do jornalismo dos cidadãos. O site do jornal oferece a possibilidade de seus leitores criarem blogs. Os melhores e mais lidos são chamados com destaque na capa do portal e alguns dos seus autores chegam a ser pagos para continuarem a escrever.
BBC
O site de notícias da BBC na Grã-Bretanha também tem feito estudos sobre o jornalismo dos cidadãos. Durante eventos importantes, como os atentados de Londres de 2005, o portal publicou fotos do incidente tiradas pelos internautas. Recentemente, foi montado um projeto-piloto pela empresa com produção de informações exclusivamente por cidadãos.
“Oitenta e cinco por cento dos britânicos consomem algum tipo de material da BBC ao longo da semana”, afirma o diretor da Faculdade de Jornalismo da BBC, Vin Ray, que falou no colóquio em São Paulo sobre a iniciativa.
O colóquio Latino-Americano sobre Observação da Mídia reuniu críticos de mídia, jornalistas e acadêmicos de países como Chile, Venezuela, Uruguai, Argentina e Colômbia, entre outros. “O objetivo é promover a crítica da mídia, campo no qual o Brasil é, de certa forma, um precursor no continente”, disse Alberto Dines, diretor do Observatório da Imprensa, que organizou o evento. O colóquio contou com apoio da BBC Brasil e da Ford Foundation.
Fonte:
24news.com.br
Matéria publicada em diversos portais que cobriram o evento - e copiada por outros -, destaca que, para Gillmor, o lugar dos veículos tradicionais está sendo tomado por sites montados por cidadãos não formados em jornalismo, que têm conseguido oferecer serviços ao público com maior eficiência.
O escritor americano assinala que, com as novas tecnologias, como a internet e o celular, a mídia se democratiza na ponta do emissor, o cidadão que gera e apresenta informações. Histórias apresentadas revelam a curiosidade de exemplos que competem com as empresas jornalísticas, mais do que com o jornalista propriamente dito. O site Craiglist, criado por um estudante universitário em 1995, já é hoje a principal ferramenta de anúncios classificados dos Estados Unidos, com cerca de quatro bilhões de acessos por mês. Os classificados, fonte de renda importante dos jornais impressos, estão "migrando" para a internet. A enciclopédia Wikipedia, fundada em 2001, é uma das mais consultadas da internet. Os verbetes são escritos e revistos pelos próprios internautas, em um dos projetos coletivos com maior participação na rede.
O Backfence é um projeto em que os moradores escrevem reportagens e notícias sobre o que está acontecendo na comunidade. A iniciativa de cidadãos não formados em jornalismo, que funciona em alguns Estados americanos como Califórnia e Maryland, tem ocupado o lugar dos jornais locais. O Chicagocrime.org é um exemplo de mashup (mistura, em inglês), ou seja, uma combinação de interfaces diferentes que produz um serviço próprio. Misturando informações do site da polícia de Chicago com o mapa fornecido pela prefeitura, o Chicagocrime.org, criado por um morador, mostra os locais onde mais ocorrem crimes em Chicago.
O tradicional jornal diário francês Le Monde tem se adaptado à corrente do jornalismo dos cidadãos. O site do jornal oferece a possibilidade de seus leitores criarem blogs. Os melhores e mais lidos são chamados com destaque na capa do portal e alguns dos seus autores chegam a ser pagos para continuarem a escrever.
BBC
O site de notícias da BBC na Grã-Bretanha também tem feito estudos sobre o jornalismo dos cidadãos. Durante eventos importantes, como os atentados de Londres de 2005, o portal publicou fotos do incidente tiradas pelos internautas. Recentemente, foi montado um projeto-piloto pela empresa com produção de informações exclusivamente por cidadãos.
“Oitenta e cinco por cento dos britânicos consomem algum tipo de material da BBC ao longo da semana”, afirma o diretor da Faculdade de Jornalismo da BBC, Vin Ray, que falou no colóquio em São Paulo sobre a iniciativa.
O colóquio Latino-Americano sobre Observação da Mídia reuniu críticos de mídia, jornalistas e acadêmicos de países como Chile, Venezuela, Uruguai, Argentina e Colômbia, entre outros. “O objetivo é promover a crítica da mídia, campo no qual o Brasil é, de certa forma, um precursor no continente”, disse Alberto Dines, diretor do Observatório da Imprensa, que organizou o evento. O colóquio contou com apoio da BBC Brasil e da Ford Foundation.
Fonte:
24news.com.br
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