Pular para o conteúdo principal

Sem estresse, com teletrabalho

A solução para o trânsito caótico está no ar. E não são carros voadores

Carlos Plácido Teixeira
Jornalista e consultor em tendências e inteligência de mercado

A solução para o trânsito caótico está no ar. Não. Não são os carros voadores, trens sobre trilhos suspensos, nem balões. Proprietários de automóveis estressados encontrarão respostas, pelo menos em parte, na combinação de internet com mudanças culturais. Mais exatamente, na abertura da mente de gestores para a utilização da infraestrutura de computadores, de torres de transmissão e de sistemas de bancos de dados e de transmissão de voz, imagem e dados. A adoção da alternativa do escritório virtual – ou home office ou teletrabalho – está inserida na agenda dos próximos anos.

Neste exato momento, em terra, por carro, ou no ar, em aviões, muita gente está enfrentando horas de engarrafamento ou de viagens para participar de reuniões presenciais, absolutamente desnecessárias. Em escritórios de advocacia ou de contabilidade, dezenas de profissionais se deslocam e, durante oito horas, fazem o que? Ficam diante de computadores. O dia inteiro, lidam com arquivos, trocam e-mails e acessam bancos de dados de órgãos públicos. Atividades que podem ser feitas em casa, onde a maioria já tem acesso à mesma estrutura, em muitos casos com melhor qualidade.

Mas o quadro tende a mudar e as empresas e profissionais vão se render à alternativa, nem que seja por conveniência. Hoje, as condições tecnológicas básicas já avançaram bastante para justificar a possibilidade de adoção do teletrabalho por um número maior de empresas e escritórios. Sistemas como o Skype, comprado recentemente pela Microsoft, e o Hang Out, do Google, possibilitam não só a comunicação por voz e imagem. O compartilhamento de documentos, publicados “nas nuvens”, viabiliza a realização de reuniões de trabalho ao vivo com absoluta facilidade e qualidade.

Futuro – Em algum dia na década de 2020, um executivo entrará em uma sala e, ao fazer gestos, verá surgir à sua frente, em cadeiras, outras pessoas para uma reunião. Mesmo não falando chinês, nem alemão, entenderá tudo o que estiver sendo dito pelos participantes, graças aos sistemas de tradução instantânea.   

Os caminhos para tal dia já estão sendo pavimentados com bites. Os avanços de tecnologias de terceira dimensão (3D) e de holografia terão influência direta na perspectiva de mudança de mentalidade. Corporações como a IBM prevêm que em 2015 já será possível projetar imagens holográficas de pessoas, com o apoio de um equipamento celular.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como ser um jornalista na internet

Para ser um jornalista online, você precisa conhecer quatro "coisas". Um designer. Um programador de sistemas. Uma empresa capaz de valorizar profissionais capacitados e de dar bons empregos para vocês três. E o mais importante: saber muito sobre comunicação e marketing e um pouco sobre design e tecnologia. Esta deve - ou deveria - ser a resposta padrão para pergunta freqüente feita por jornalistas, novos e antigos, interessados em atuar no novo mercado criado pela internet. Muitos deles imaginam que as portas digitais serão abertas por algum curso sobre as inúmeras tecnologias desenvolvidas para o desenho e gerenciamento de sites. "Tenho muita vontade de atuar em jornalismo na internet, e estou fazendo um curso de Dreamweaver", anunciam os abnegados candidatos a emprego minimamente digno nesta praia de muitas ondas nem sempre boas para surfar. Outros, constrangidos, contam em segredo: eu queria muito trabalhar na internet, mas não sei nada de informática. Menos imp

Quem matou o jornalista

Zélia Leal Adghirni A mídia não reflete a opinião pública. A sociedade pensa uma coisa e a mídia fala outra. E o pior: muitas vezes seleciona e reproduz só aquilo que coincide com os interesses políticos e econômicos do momento. O alerta foi dado pelo professor e pesquisador americano da Universidade do Colorado, Andrew Calabrese, durante o 29º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), que reuniu, na semana passada, mais de três mil professores, alunos e pesquisadores em comunicação na Universidade de Brasília em torno do tema Estado e Comunicação. Calabrese fez graves criticas à mídia americana que, segundo ele, exagerou no patriotismo em detrimento da informação após os atentados de 11 de setembro de 2001. De acordo com o professor, o discurso da Casa Branca e da grande mídia passou a ser quase unificado. A mídia quis fazer uma demonstração de patriotismo e solidariedade e acabou abraçando a decisão do governo de invadir o Iraque sem o respaldo da opinião da opinião

Jornalistas serão substituídos por robôs?

Os jornalistas podem - e vão - ser substituídos por robôs?