Pular para o conteúdo principal

Cidadãos preferem a burocracia das repartições públicas

O atendimento presencial, no guichê da repartição, é a forma de acesso aos serviços públicos preferida por 60% da população. Apenas 35% utilizam a internet para buscar esses mesmos serviços, seja em âmbito federal, estadual ou municipal.

O número é maior do que o de pessoas que usam o telefone das centrais de teleatendimento dos órgãos governamentais (8%), revelou a pesquisa TIC Governo Eletrônico, feita pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic).

O levantamento foi encomendado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

A pesquisa englobou 157 municípios e entrevistou 3 mil pessoas com mais de 16 anos e representantes de 650 empresas. A conclusão foi a de que mais da metade da população (56%) escolheriam a internet para acessar serviços do governo na próxima vez que precisar. O estudo mostrou ainda que 91% das pessoas que usam os canais de atendimento governamental via internet (e-gov) disseram estar satisfeitos e que a busca de informações é o principal serviço procurado por 90% delas. Os serviços transacionais chegam a 61%.

A pouca utilização da internet está relacionada à preocupação com a segurança dos dados (39%), à dificuldade de encontrar os serviços (28%) e à ineficiência do retorno das solicitações (28%). Os não usuários destacam a preferência pelo atendimento presencial (48%) e a falta de habilidade com o computador (48%). A pesquisa indicou que, entre os serviços mais pedidos pela população, o agendamento de consultas médicas foi o mais utilizado (34%).

Para as empresas, a internet é o principal canal de obtenção de serviços públicos. Dos entrevistados, 79% usaram a rede mundial de computadores ao menos uma vez nos últimos 12 meses. Apenas 22% escolheram o atendimento presencial.

Sobre a navegabilidade das páginas governamentais na internet (sites), 80% dos usuários disseram que os serviços são fáceis de encontrar. Consideraram os conteúdos relevantes e que atendem às necessidades 82% dos usuários, mas 60% criticaram a demora do carregamento das páginas e 27% disseram haver excesso de informações nas páginas iniciais.

Segundo o diretor do Departamento de Governo Eletrônico da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, João Batista Ferri de Oliveira, o objetivo da pesquisa foi produzir indicadores que possam auxiliar os órgãos públicos no planejamento de serviços de e-gov oferecidos à população. “A partir dos dados teremos a possibilidade de inferir mais nos novos serviços que serão prestados e conseguiremos fazer uma política de comunicação dos serviços disponíveis”.

Fonte: Agência Brasil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como ser um jornalista na internet

Para ser um jornalista online, você precisa conhecer quatro "coisas". Um designer. Um programador de sistemas. Uma empresa capaz de valorizar profissionais capacitados e de dar bons empregos para vocês três. E o mais importante: saber muito sobre comunicação e marketing e um pouco sobre design e tecnologia. Esta deve - ou deveria - ser a resposta padrão para pergunta freqüente feita por jornalistas, novos e antigos, interessados em atuar no novo mercado criado pela internet. Muitos deles imaginam que as portas digitais serão abertas por algum curso sobre as inúmeras tecnologias desenvolvidas para o desenho e gerenciamento de sites. "Tenho muita vontade de atuar em jornalismo na internet, e estou fazendo um curso de Dreamweaver", anunciam os abnegados candidatos a emprego minimamente digno nesta praia de muitas ondas nem sempre boas para surfar. Outros, constrangidos, contam em segredo: eu queria muito trabalhar na internet, mas não sei nada de informática. Menos imp

Quem matou o jornalista

Zélia Leal Adghirni A mídia não reflete a opinião pública. A sociedade pensa uma coisa e a mídia fala outra. E o pior: muitas vezes seleciona e reproduz só aquilo que coincide com os interesses políticos e econômicos do momento. O alerta foi dado pelo professor e pesquisador americano da Universidade do Colorado, Andrew Calabrese, durante o 29º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), que reuniu, na semana passada, mais de três mil professores, alunos e pesquisadores em comunicação na Universidade de Brasília em torno do tema Estado e Comunicação. Calabrese fez graves criticas à mídia americana que, segundo ele, exagerou no patriotismo em detrimento da informação após os atentados de 11 de setembro de 2001. De acordo com o professor, o discurso da Casa Branca e da grande mídia passou a ser quase unificado. A mídia quis fazer uma demonstração de patriotismo e solidariedade e acabou abraçando a decisão do governo de invadir o Iraque sem o respaldo da opinião da opinião

Jornalistas serão substituídos por robôs?

Os jornalistas podem - e vão - ser substituídos por robôs?