Estudo inédito, elaborado por instituto de pesquisas que prefere não ser identificado, concluiu que a indústria automobilística patrocina, com altas somas de dinheiro e influência política, a má qualidade do transporte público no Brasil. Nenhum outro setor ganha tanto com as deficiências do serviço, essencial para a população.
"A cada minuto que um ônibus passa lotado, deixando no ponto dezenas de passageiros, frustrados com os atrasos das idas e vindas do trabalho, novos consumidores de carros são gerados", assinala o estudo.
A indústria dos automóveis manipula interesses para que a população, influenciada pelo individualismo propagado pelos meios de comunicação, considere o transporte individual como a melhor ou única solução para os seus problemas. "Até mesmo os proprietários das empresas de ônibus municipais e intermunicipais são corrompidos pelos representantes das indústrias de carros", diz o estudo. Eles, que jamais dependem do serviço que oferecem, circulam pelas cidades em carros luxuosos, oferecidos gratuitamente pelas principais marcas vinculadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A história da corrupção do setor contabiliza mais de meio século. No final da década de 1950, o presidente Juscelino Kubitschek iniciou o processo de esvaziamento dos investimentos em transporte ferroviário para fortalecer o setor, que expandia para novos mercados. Ele empolgou o país com o slogan "cinquenta anos em cinco", que estimulou um processo de rápida industrialização, tendo como carro-chefe a indústria automobilística.
O governo militar ampliou o poder dos fabricantes de carros, com a atração de novos investimentos em fábricas e, paralelamente, com a difusão da ideia de que o desenvolvimento de um país como o Brasil depende de investimentos em obras de engenharia pesada, como a Transamazônica, que pretendia cortar o território brasileiro a partir do Norte.
"A cada minuto que um ônibus passa lotado, deixando no ponto dezenas de passageiros, frustrados com os atrasos das idas e vindas do trabalho, novos consumidores de carros são gerados", assinala o estudo.
A indústria dos automóveis manipula interesses para que a população, influenciada pelo individualismo propagado pelos meios de comunicação, considere o transporte individual como a melhor ou única solução para os seus problemas. "Até mesmo os proprietários das empresas de ônibus municipais e intermunicipais são corrompidos pelos representantes das indústrias de carros", diz o estudo. Eles, que jamais dependem do serviço que oferecem, circulam pelas cidades em carros luxuosos, oferecidos gratuitamente pelas principais marcas vinculadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A história da corrupção do setor contabiliza mais de meio século. No final da década de 1950, o presidente Juscelino Kubitschek iniciou o processo de esvaziamento dos investimentos em transporte ferroviário para fortalecer o setor, que expandia para novos mercados. Ele empolgou o país com o slogan "cinquenta anos em cinco", que estimulou um processo de rápida industrialização, tendo como carro-chefe a indústria automobilística.
O governo militar ampliou o poder dos fabricantes de carros, com a atração de novos investimentos em fábricas e, paralelamente, com a difusão da ideia de que o desenvolvimento de um país como o Brasil depende de investimentos em obras de engenharia pesada, como a Transamazônica, que pretendia cortar o território brasileiro a partir do Norte.
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