A maioria das cidades brasileiras oferece informações e serviços pela internet. A boa notícia, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo como fundamento a Pesquisa de Informações Básicas de 2009 (Munic2009), revela alguns problemas que ainda persistem no segmento. De 5.565 prefeituras que responderam ao questionário, 60% possuem páginas na rede mundial. Mas, no cenário dos investimentos em portais públicos municipais predomina, ainda, um elevado nível de amadorismo, de improvisação e desarticulação com políticas de governo.
Em alguma medida, o estudo do IBGE retrata a distância entre o ideal e a prática no relacionamento entre órgãos públicos e o cidadão. O levantamento destaca que 1.497 prefeituras disseram ter sites informativos e 1.060 afirmaram que suas páginas oficiais permitem ao usuário fazer sugestões e reclamações. Apenas 780 municípios, 14% do total, possibilitam ao cidadão acesso a serviços como alvará e matrícula escolar, indo além do foco em informação e interatividade. Este universo abrange quase todas capitais ou grandes cidades do País, do Sul e do Sudeste.
Entre as distorções mais comuns na prática da gestão dos portais, mesmo entre os mais bem conceituados, predomina o forte viés burocrático no relacionamento entre a instituição e os cidadãos que demandam as informações e os serviços. As áreas responsáveis pelo desenvolvimento e implantação dos serviços tendem a enfatizar a realização das tarefas, relegando a segundo plano, entretanto, o processo de comunicação. Por analogia, o cidadão se defronta com balcões digitais, onde o "servidor" responsável pelo atendimento revela absoluta indiferença e falta de disposição de explicar os procedimentos para solucionar demandas.
Em alguma medida, o estudo do IBGE retrata a distância entre o ideal e a prática no relacionamento entre órgãos públicos e o cidadão. O levantamento destaca que 1.497 prefeituras disseram ter sites informativos e 1.060 afirmaram que suas páginas oficiais permitem ao usuário fazer sugestões e reclamações. Apenas 780 municípios, 14% do total, possibilitam ao cidadão acesso a serviços como alvará e matrícula escolar, indo além do foco em informação e interatividade. Este universo abrange quase todas capitais ou grandes cidades do País, do Sul e do Sudeste.
Entre as distorções mais comuns na prática da gestão dos portais, mesmo entre os mais bem conceituados, predomina o forte viés burocrático no relacionamento entre a instituição e os cidadãos que demandam as informações e os serviços. As áreas responsáveis pelo desenvolvimento e implantação dos serviços tendem a enfatizar a realização das tarefas, relegando a segundo plano, entretanto, o processo de comunicação. Por analogia, o cidadão se defronta com balcões digitais, onde o "servidor" responsável pelo atendimento revela absoluta indiferença e falta de disposição de explicar os procedimentos para solucionar demandas.
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