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De rabo preso com os "doutor"

Os critérios que mobilizam a imprensa escrita desafiam a compreensão dos mortais comuns. Os desdobramentos da prisão de elementos graúdos do judiciário, acusados de associação com o submundo do crime, não merecem destaque nas capas de alguns dos principais jornais do País nesta terça-feira, dia 17 de abril.

Tudo bem que mais um maluco atacou nos Estados Unidos, matando 32 pessoas. Mas a Folha, por exemplo, sequer cita a operação da Polícia Federal e os novos passos da investigação, inclusive a informação de que um juiz teria confessado a existência de venda de decisões judiciais e liminares.

É o jornalismo de rabo preso com os "doutor".

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