Amigo meu de longa data, destes que acreditam em qualquer história, até as contadas pelos políticos mais medíocres, perguntou-me outro dia se Ernesto Che Guevara, o revolucionário da América Latina, poderia ser o símbolo da causa dos profissionais que brigam pelo software livre. Afinal, a imagem de Che sobrevive como referência para o mundo, mesmo décadas depois da sua morte e apesar da descrença generalizada nas utopias.
Pobre e bem intencionado amigo. É lógico que existem alguns que julgam interessante associar a imagem do barbudo revolucionário à do Pingüim, este sim o símbolo da causa libertária do pessoal da tecnologia. Entretanto, mal sabe meu amigo que, no corpo e na alma da maioria absoluta dos defensores do software livre paira, bastante antenado nas ondas do mercado consumidor, aquilo que nosso revolucionário mais combatia: um burguês.
Entre a maior parte dos defensores do software livre e Bill Gates, o excomungado presidente da odiada Microsoft, há, em comum, o mesmo interesse: Dinheiro. Money. Ninguém jamais ouviu um nerd, com "O Capital" nos braços, denunciando a Microsoft como representante maior do imperialismo, monopólio concentrador de poder e de renda. Não, eles não gritam "abaixo o Tio Sam", nem "Yankees Go Home".
Ao contrário, muitos dos que carregam as bandeiras do software livre sonham com um naco da fortuna de Gates. Deliram com a idéia de, um dia, comprar um carrinho tão bacana ou um avião parecido como os que a fortuna de Bill é capaz de adquirir sem fazer cócegas na conta bancária.
Pobre e bem intencionado amigo. É lógico que existem alguns que julgam interessante associar a imagem do barbudo revolucionário à do Pingüim, este sim o símbolo da causa libertária do pessoal da tecnologia. Entretanto, mal sabe meu amigo que, no corpo e na alma da maioria absoluta dos defensores do software livre paira, bastante antenado nas ondas do mercado consumidor, aquilo que nosso revolucionário mais combatia: um burguês.
Entre a maior parte dos defensores do software livre e Bill Gates, o excomungado presidente da odiada Microsoft, há, em comum, o mesmo interesse: Dinheiro. Money. Ninguém jamais ouviu um nerd, com "O Capital" nos braços, denunciando a Microsoft como representante maior do imperialismo, monopólio concentrador de poder e de renda. Não, eles não gritam "abaixo o Tio Sam", nem "Yankees Go Home".
Ao contrário, muitos dos que carregam as bandeiras do software livre sonham com um naco da fortuna de Gates. Deliram com a idéia de, um dia, comprar um carrinho tão bacana ou um avião parecido como os que a fortuna de Bill é capaz de adquirir sem fazer cócegas na conta bancária.
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