Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2008

Operadora testa os limites da paciência dos clientes

Carlos Plácido Teixeira Jornalista Líder recente no ranking das operadoras de telefonia celular com maior número de reclamações na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Tim parece concentrar esforços para se consolidar nas listas de comunidades formadas por pessoas que odeiam alguma coisa. Para alcançar o objetivo, a empresa faz tudo para ser queimada em praça pública, irritando ao máximo o candidato a ex-cliente, que sai por ter recebido uma oferta mais tentadora e que poderia retornar algum dia. As histórias vividas por inúmeros consumidores têm traços surreais. Uma consumidora sugere o nome para a campanha: "Timmatando de raiva". Diante da iminência de perder o usuário de seus serviços, a empresa deflagra jogos de empurra. Todas as ações giram em torno da estratégia da “protelação”. Os gênios do marketing da empresa devem ter concluído que o candidato a “ex” desistirá e, conformado, manterá a conta. . O mesmo roteiro inspira as histórias dos insatisfeitos. Em um

Jornalistas choram enquanto os concorrentes avançam

Carlos Plácido Teixeira Jornalista Meramente conformado com as modernidades das novas tecnologias e exposto à inevitável necessidade de conviver com computadores, teclados, mouses e processadores de textos Word, contingente considerável de jornalistas da velha guarda ainda preserva, em silêncio obsequioso, como o imposto à Teologia da Libertação, a saudade dos tempos das velhas máquinas de escrever. Sem poder protestar, suspiram ao recordar como eram bons aqueles tempos em que, ao cair da tarde, as redações explodiam e pareciam sacudir ao som de dezenas de pessoas espancando as teclas das verdes e cinzas Remingtons ou Olivettis. O passado não retorna. Mas não há porque condenar exclusivamente os antigos profissionais de imprensa. Mesmo entre os mais novos, inclusive os estudantes que ainda se preparam para entrar no mercado, há uma incorrigível tendência de apego ao passado. Para corroborar a tese, basta verificar a angústia envolvida nas dúvidas sobre o futuro do jornais impressos. Cu

Novas tecnologias não substituem o "velho pauteiro"

Figura central da produção diária do jornalismo no passado ainda recente, o pauteiro deixou de ser, nas empresas jornalísticas, o sujeito experiente, dono do conhecimento sobre os temas mais importantes do momento, a memória sobre fatos passados que deviam ser lembrados e o banco de dados de fontes. A caderneta de endereços do pauteiro valia ouro. E quando o sujeiro era o João Rafael, a criatividade transparecia de forma abundante: a capacidade de tirar assuntos dos classificados de jornais, do diário oficial, da rua, do quase nada ou do nada e identificar personagens para sugerir uma boa reportagem. Hoje, os veículos de comunicação, focados exclusivamente na redução de custos, abandonaram a experiência, a cultura, as referências históricas e a rede de relacionamentos do pauteiro, substituído pela improvisação e ausência de referências. Leia o texto de João Rafael Picardi: http://www.jornaldosamigos.com.br/imprensa050704.htm